Saturday, April 26, 2014

Dia 25 - Rumo a Castro no Paraná

Saímos de Passo Fundo com vontade de ficar mais. É uma das mais tradicionais cidades do Rio Grande, povo alegre e simpático. Fomos em direção à Castro no Paraná passando por Erechim, Concórdia, as Serras do Oeste Catarinense na região do Contestado, por sinal uma das mais belas regiões que passamos em toda a viagem. Já havia passado há três anos quando voltei do Atacama e é sempre bom voltar neste lugar, é um prazer dirigir pela serra.

Ao passarmos a divisa dos estados de Rio Grande do Sul com Santa Catarina, aonde passa o Rio Uruguai, deparamo-nos com uma visão espetacular do rio. Paramos na ponte para as tradicionais fotos da divisa quando o Ricardo e o Marcelo resolveram voltar para trás para filmar o trecho. O Ricardo foi e voltou logo e nada do Marcelo aparecer. Esperamos 5, 10 e até 15 minutos e nada. Quando eu já estava para voltar e ver o que estava acontecendo o Fernando se adiantou e voltou. Dali uns 10 minutos mais aparecem os dois, ufa!!! Surgiu então a primeira trapalhada do dia. O Marcelo ao manobrar e parar a moto, abaixou o pezinho em um local mais baixo e a moto se inclinou demais e ele não conseguia sair e nem endireitar a moto, ficou lá travado esperando alguém aparecer para ajudar e foi o que aconteceu. Toda esta região é muito desenvolvida com forte atividade agrícola e industrialização, consequentemente o tráfego de caminhões é intenso. Em alguns trechos a viagem não rendia. Paramos para abastecer no posto da BR 153 Km 15 em Água Doce e comemos salgadinhos na Lanchonete e Restaurante Horizonte II, recomendo as coxinhas, rissoles e bolinhos de carne, são ótimos. Neste mesmo posto havia um cachorro da raça Jack Russel Terrier do dono do posto que deu um show brincando com uma vassoura, ficamos observando.
Seguimos viagem e já estava quase escurecendo quando o Fernando avisou pelo intercomunicador que o pneu dianteiro de sua moto estava esvaziando. Paramos imediatamente no acostamento e o pneu esvaziou por completo. Fiquei desconfiado e lembrando do primeiro dia de viagem quando o pneu traseiro da mesma moto havia esvaziado por quebra do bico. Seria possível acontecer o mesmo problema na roda dianteira? A probabilidade era mínima mas se havia uma chance de acontecer ela aconteceu, era o bico mesmo! Nunca vi este tipo de problema acontecer, já vi bicos quebrarem por estarem mal colocados mas não assim, ainda mais dois na mesma moto. Suspeitamos que os bicos já estavam velhos e ressecados e o Fernando instalou os sensores de pressão para indicar a pressão dos pneus no GPS. Estes sensores são um tipo de uma tampa de bico um pouco maior e mais pesada o que deve ter forçado os bicos já velhos. Sorte que eu tinha uma latinha de Tyre Repair da Motul que instalamos com muito cuidado para não estourar o bico, funcionou! Conseguimos chegar em uma borracharia perto de Ponta Grossa e felizmente eu tinha um providencial segundo bico reserva. Com isto chegamos já de noite em Castro, como já era tarde fizemos um ótimo jantar no hotel regado a vinho branco. Acho que foi um pouco mais de vinho pois nem consegui escrever o blog do dia, cai no sono.

Rio Uruguai, divisa de RS com SC
Rio Uruguai
Divisa SC/RS
Procurando ETs?
Uva Chinesa que encontrei no mato, muito doce
O Jack Russel Terrier deu um show brincando com a vassoura
Conserto do bico da roda da moto do Fernando
O Fabiano botando a mão da massa, digo na roda

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